" Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar "

sábado, 12 de março de 2011

Os nossos banheiros

Ela se sentou. Mas suas lágrimas deitaram em seu rosto. Riu nervosa, passou seus cabelos pela orelha e se levantou. Correu. Corri.Correu mais, entrou no banheiro e se fechou. Porém, tinha se fechado a muito tempo, por um amor que era o cursor da sua vida. Se estava triste, seu amor estava por um precipício, o motivo de felicidade seria porque ouviu que a amava. Mas se chorava, é porque o perdia.
Abriu a porta. Estava perdida. O sol tocava sua face regenerando cada rastro deixado por lágrimas. Todas as juras, dias, musicas de amor ficaram de lembrança, mas o sofrimento, dor e mentiras, foram escorridos junto com as lágrimas que no banheiro ficara. Percebi que ela era uma nova pessoa, ela sorriu e me abraçou.
Literalmente o banheiro é um lugar onde se joga coisa que não presta. Depois daquele dia, ela nunca mais foi aquela pessoa tão tola e boba como antes. Mas eu sei que ela vai usar o banheiro novamente. O amor sempre vai estar pronto para ser digerido, causar prazer e felicidade e o resto; ser jogado no banheiro. Sempre vamos usar os nossos banheiros, talvez uma vez ou se for preciso: várias.

Texto de Marco Antonio Lacerda Abreu...
Meu companheiro do TAL 2009.

O texto está lindo Marco, parabéns continue assim meu amigo!

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